segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tal qual Narciso, que se quebra dando sete tipos de azar.

Desejo.

Eu penso nele, e tudo toma forma. A necessidade toma forma, o amor toma forma, a vontade toma forma. O intangível, se tange.

E eu penso nele. Na beleza, na dor, no amor, no incomensurável, no êxtase, na Santa Teresa, no Marlon Brando.

Eu olho pra ele. Olho tudo aquilo, tão grande, tão inexorável, tão impositivo, tão imponente, tão impossível de segurar com duas mãos abertas. Com todas as mãos abertas. Com o peito aberto. Com a blusa aberta.

E eu olho pra ele. E o mais íntimo se concretiza. E o terno é eterno. E terno. E doce. E amável. E inteiro. 

E o instante se torna fugaz. E acaba. E se eu pisco já não existe.

A loucura bate à porta e finda o ato, no tom branco das barbas brancas, do nariz torto, do óculos com a metade daquela que brilha à noite, quando o sol já não é.

Ojesed.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Eu só verso e sou reverso"

(antes de ler o texto, click no link, a música diz praticamente o que quero dizer enquanto não digo. https://www.youtube.com/watch?v=-logalWwJ88)

Há tempo pra tudo. Inclusive há tempo pra dor. Estou no tempo dela.
Isso de fato não é ruim, é incomodo, chato, cansativo, mas não é ruim. E não é ruim porque ensina.
"ah rô, que fácil falar que dor ensina, tenso é aprender alguma coisa." Aí, deveras há algum tipo de razão. Enquanto dói é mesmo difícil de aprender qualquer coisa.  Mas essa é a graça do jogo, a dificuldade.
Uma vez eu estava jogando truco com meus tios e meu pai, e tinha milagrosamente o gato e o copas, sem pestanejar, pedi truco. Meu pai, que jogava contra mim, deu uma risada gostosa e disse: "filha, você acaba de mostrar que tem carta, com essa confiança toda. Agora a gente não pode nem aceitar, porque perdeu a surpresa, não tem graça."

E aí o que fica é que podemos realmente passar pela dor apenas praguejando, ou passamos pela dor aprendendo um monte coisas. Por exemplo, podemos aprender o que exatamente dói, por que dói, o que faria parar de doer, podemos acabar com as respostas cíclicas e acharmos novas respostas e novos problemas e novos pontos de vista.

É isso. Tudo ensina, a dor, a alegria, o amor, o desamor, o despertencer. E a grandeza do Livre Arbítrio está ai, em escolher aprender.



domingo, 21 de outubro de 2012

O meu lugar.

Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe,
Os doze apóstolos meus irmãos.
Andarei nesse dia, nessa noite
Com meu corpo cercado, vigiado e protegido
Pelas as armas de São Jorge.
São Jorge sentou praça praça na cavalaria.
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem
Tendo mãos não me peguem, não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão
Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar.
Cordas e correntes se arrebentem sem ao meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge.


domingo, 23 de setembro de 2012

Seu Oscar.


Seu Oscar era um senhor que nunca envelhecia. Parece que sempre tinha os mesmos 50 anos.

Ele fez parte da minha infância e adolescência, sempre esteve ali, com a mesma idade, com a mesma pele negra, com o mesmo sotaque interiorano.

Seu Oscar vendia queijo de casa em casa, lá no bairro onde eu morava. Era um queijo bem suculento, bem amarelinho, mas minha mãe gostava mais do queijo cascudo; aquele que seca e fica um amarelo queimado, (nesta altura da vida, amarelo queimado deve ter outro nome, tipo ocre ou fucsia ou burgundy) e mães sempre têm efeito gigantesco sobre a dieta da família, então comíamos o queijo cascudo e sequinho invés do mais suculento. 


Minha família não tinha muita grana pra luxos ou coisas que saíssem do essencial. Só o pai trabalhava e éramos em 5 irmãos e mais minha prima que era orfã e morava com a gente. Haviam duas beliches no "meu" quarto, era divertido dormir com a galera toda. Eu achava, pelo menos. De forma geral o povo odiava, porque ser adolescente e dividir quarto é a treva. Mas eu era criança, e pestinha, então tudo bem.

As vezes pagávamos o queijo à vista, às vezes o Seu Oscar "marcava" pra gente. Acho que ele fazia isso com todos os vizinhos, porque ele sabia que a vida não era assim tão fácil. Numa das vezes que pedimos para ele marcar, ele disse que não iria aparecer por um tempo, porque faria uma cirurgia sei lá onde. Aí a mãe pediu o endereço dele, para que levássemos o dinheiro assim que desse. Um tempo depois fomos até a casa dele levar o dinheiro. Fique boba. Boba mesmo. A casa do Seu Oscar era um mega sobrado, com sacada, de jardim bem asseado, e com carros na garagem. E eu achando que ele só tinha a bicicleta velha.

A vista foi tão arrebatadora que aprendi a única coisa indistorcível, de todas as coisas que eu distorci: Pessoas são surpreendentes.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pra ir pra rua tem que ter peito. Eu sou Vadia de respeito.

 No sábado 14/07 foi a Marcha das Vadias em Curitiba, e me cabe falar dela. Pensei em mil textos legais, mas acho q só adaptar um pouco meu status do facebook já é de grande valia. Então lá vai:

"Sério, o mundo me envergonha. 
Tanta coisa em volta da Marcha das Vadias e a única coisa q o povo (3post no face e 2 q eu vi no twitter) comenta é a menina com a axila não depilada. Chamaram-na de porca, de sem noção, de mais um monte de coisas. Então a gente vai pra rua, protestar por nossos direitos, e ainda tem se enfiar num padrão estético? É isso mesmo? 
É pelo padrão estético que vocês impõe, que eu tenho bulimia. É por esse padrão, que eu trinquei uma costela ao espirrar quando era mais nova, pq pesava menos de 35kg. É pelo padrão estético e comportamental imposto, que eu tenho agorafobia e passo longas fases da minha vida trancada dentro do quarto porque não tenho coragem de sair pra ir ao banheiro, por exemplo. Literalmente rezo todos os dias pra conseguir sair de casa. Não é fácil essa porra toda não. 
A correria pelo padrão estético tá tão doentia, que até axila tem cor certa, que perereca tem cor, tamanho certo, que até o cu tem cor certa. 
De que adianta valorizar o cabelo cacheado, ou a pele com sardas, se a axila tem q ser lisinha e clara? Ah, por favor. Cadê a coerência? 
No meio da marcha fui chamada de gostosa. NO MEIO DA MARCHA. Poxa vida, cadê o respeito? Cadê a compreensão? Cadê entender que todos somos humanos, com necessidades parecidas, com medos parecidos, com sonhos parecidos? 
Imponha seu padrão pra você, não pra mim. Não pros seus filhos. Não pros seus amigos. 
A moça da axila peluda cobriu o rosto pra mostrar os peitos. Eu voltei pra casa querendo desesperadamente pôr uma calça, pq no caminho da Boca Maldita pra casa, um senhor com idade pra ser meu bisavô me deu uma cantada, e outras duas pessoas me perguntaram o preço do programa. Eu não quero mais ter que medir minhas roupas pra não correr o risco de ser molestada- de novo. Eu não quero mais ter que ter vergonha de quem eu sou. Eu não quero mais ter q cobrir o rosto pra mostrar os seios. Por favor, se a sua mente é nojenta e malicia e sensualiza tudo, se trate, não me agrida." 

A Marcha das Vadias não é só sobre roupas, não é só sobre a polemização dos mamilos. A Marcha é sobre violência, é sobre ser agredida pelo pai, pelo irmão, pelo namorado, pelo marido -verbal e fisicamente. A Marcha é sobre a dor de ser forçada ao sexo porque tomou umas bebidas a mais. A marcha é sobre o menino de 10 anos que estuprou a coleguinha porque viu isso num filme pornô. A marcha é pra nós mulheres, entendermos que somos irmãs, e respeitarmos o comportamentos das Valeskas Popozudas, das Suelens da vida, que conquistaram a própria liberdade sexual enquanto a gente ainda fica rotulando uma igual de "vagabunda", "pirigueti", "sem vergonha". A Marcha das Vadias também é sobre coerência, meus queridos humanos. Quero pra mim o direito de ir e vir, quero pra outra o direito de dar ou não, quero pro outro o direito de não ser taxado de corno pelas roupas que a esposa usa. 

Agora imagens da Marcha, q né, tem várias minhas! ^-^ Apreciem, comentem, sintam, gritem. =)


















              






                                      (esta última é do ano passado,tbm tô ali)

A NOSSA LUTA, É TODO DIA, SOMOS MULHERES E NÃO MERCADORIA!

VEM, VEM, VEM PRA RUA, VEM CONTRA O MACHISMO!

A BOCA NÃO É MALDITA, MALDITA É A BOCA DO MACHISTA!

O QUE A GENTE QUER? EMPODERAMENTO DA MULHER!

EU NÃO SOU MISS, NEM AVIÃO, MINHA BELEZA NÃO É PADRÃO!

CHORA SEU MACHISTA! A AMÉRICA LATINA VAI SER TODA FEMINISTA!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Once Upon a Time... (em letras cursivas escritas com caneta tinteiro em papel velho)

E essas suas pernas, entrelaçadas às minhas?

E essas suas pernas? ... Ah... essas pernas!

Essas pernas que me enroscam, que me prendem, que me encantam na brancura dessas pernas que me sugam a luz desse dia tão escuro tão à quatro paredes tão nosso tão meu.

Ah essas suas pernas, tão densas, tão intensas, tão marcadas dos machucados das feridas dos arranhões dos meus amores das minhas coxas molhadas por você e pra você e com você.

E essas pernas, que encontram lugar certo entre as minhas, me esquentando me acolhendo, me apertando me deixando tão sem ar tão sem ar até eu ter que sussurrar gemer gritar empurrar ir à fundo pra não morrer pelo ardor dessas pernas.

Ah, essas pernas tão desenhadas, com tantos detalhes, com tantos detalhes tão bem desenhados que me arrebatam em formas que passam pela euforia beirando a loucura estimulando o que me afaga me seduzindo, me serenando...

Ah essas pernas... tão tuas, tão minhas, tão sem motivo, tão distorcidas, tão contorcidas, tão amarradas às minhas...





quarta-feira, 13 de junho de 2012

não ser.

Tocaria, se possível, o coração de cada um hoje.
De primeira instância, para que todos sentissem a angústia que eu não estou dando conta de segurar sozinha. Depois, a serenidade que eu gostaria de passar.
Meus problemas são um nada perto da insegurança que cresce, cresce, cresce.
Bulimia voltou, mas já tá sendo mandada embora, porque o tempo de Miar já acabou, e pelo amor de Deus, eu preciso sair desse ciclo.

Se eu pudesse achar um vídeo ou um gif perfeito pro momento, seria algo com várias fitas compridas de cetim, em tons de vinho e vermelho, dançando sobre corpos quase inertes.

Um beijo de dementador cairia bem. Tão bem quanto pudesse cair.

Volto a ser o mesmo. mesmo. mesmo. 

Hoje vou me permitir desabar, amanhã passa. Amanhã volto nova. Prometo. Pra mim.

terça-feira, 5 de junho de 2012

de fazer rodeios, de me beijar os seios.



Chico Buarque
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz


segunda-feira, 4 de junho de 2012

ASSASSINATO VESPERTINO

Quando eu criei esse blog, estava com a mesma sensação que estou agora. Um misto de raiva, um misto que vontade, uma pitada de dessabor e a sensação de borboletas no estômago sendo derretidas pelo ácido gástrico.
Assassinato vespertino não é só um nome, é um desejo. É um: POXA, QUE DROGA.

Não, por favor. Pela metade não. Só um pouco, não. Ou você se joga, corre todos os riscos e vê no que dá, ou fica em casa, quieto, aprendendo com o silêncio. Mas pela metade é burrice. É maldade. É covardia.

Insisto: Se assumam. Não pra mim, não pra que eu veja vocês inteiros, pq eu já vejo e isso é outra estória. Assumam pra vocês. Tomem as rédeas das próprias vidas. E aqui vai a indireta: não pague de malvadeenho, se tudo o q vc quer é ligar, é ir atrás, é ser ciumento, é pagar pra ver. Perde-se tempo demais, vida demais, sentindo superficialmente.

Assassinar palavras a tarde tende a me lavar a alma.

Lembrando que só se descobre se "ela é daquelas que tu gosta na primeira, se apaixona na segunda, e perde a linha na terceira" se tiver coragem de deixar que ela se mostre.


(palavras morrendo como se o ser lírico não tivesse que viver e se sustentar. palavras morrendo como se só dependesse delas o resto da vida. palavra renascendo tal qual encarnado que desencarna e volta.)


POÉTICA 

Estou farto do lirismo comedido 
Do lirismo bem comportado 
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor. 

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. 

Abaixo os puristas. 
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais 
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção 
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis 

Estou farto do lirismo namorador 
Político 
Raquítico 
Sifilítico 
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo. 

De resto não é lirismo 
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar &agraves mulheres, etc. 

Quero antes o lirismo dos loucos 
O lirismo dos bêbados 
O lirismo difícil e pungente dos bêbados 
O lirismo dos clowns de Shakespeare. 


Não quero saber do lirismo que não é libertação. 

Manoel Bandeira.


segunda-feira, 28 de maio de 2012

a foto veio com falha, mas acho que era pra ser assim.

Hoje é um dia tão denso, tão denso, que não sei mais como me comportar. Faço um papel que não quero fazer, nem deixar de fazer.
Estou descabida dentro de mim.

Só pra variar.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

aquela umbigüidade.

O jeans rasgado.
Um jeans rasgado.
Um desafinar sem cor                                                            O desafinar sem cor.
O desatinar sem dor.
o
d
e
s
a
t
i
n
a
r

O sangue escorre lento desproporcional à velocidade que corre dentro da veia da veia da veia da aveia da aveia

Castanholas se tocam com as mãos voltadas pra dentro, uma quase de frente à outra. E ca re ti lha. Ca re ti lha. Ca re ti lha
Ca re ti lha
Ca re ti lha
Carre ti lha
Carreti lha
Carretilha CArretilha CARretilha CARRetilha CARREtilha CARRETilha CARRETIlha CARRETILha CARRETILHa CARRETILHA
O dedo do coração toca o tam.
Ca re ti lha TAM.
TAm
Tam
tam

Três notas tocadas e o véu se move.
se comove. 
Comove.
O moto continua perpétuo.





Lusco-fusco.
Destoa.
A toa. 
A tona.

O vir a tona me destoa me estraga me rasga me incompleta e torna seleto àquilo que aquele desfez. Ninguém refez. 
Ninguém. 

Gnomos Leprechauns e Dríades dançam em cima do caixão. Instigando Alice. Clair. 




quarta-feira, 16 de maio de 2012

eu li no jornal que solidão faz mal.

sabe quando você é criança e desenha um elefante, mas todo mundo que vê acha que é um chapéu?

Pois é. Ainda não decidi se sou a criança, ou se sou o elefante que parece um chapéu. Mas já percebi que não caibo - de novo - dentro de mim. Aquele monte de riscos aleatórios, aquela pintura que descolorirá, aquela sensação tortuosa. Sou a estrada que não leva a lugar nenhum. Nenhum mesmo. Ou melhor (?) sou a pessoa parada numa estrada de chão, em linha reta, que só pode ir pra frente ou pra trás e ainda assim não sabe onde ir. Ainda não cansei de estar de pé, pensando em qual direção seguir. 

Frustração não é bem a palavra. Desolação talvez seria.

Um dia ainda vou ser a senhora com o vestido mais bonito da festa, contando causos e historietas para os outros convidados, de todas as aventuras da minha vida, que agora ainda parecem apenas tragédias. 

Despertencer dói.

Não ter coragem de ir pra frente dói.
Não ter motivos pra ir pra frente, dói.

(não poder ouvir dói ainda mais)

Não é que eu queira desistir, é que simplesmente não sei de qual lado fica a continuação da estrada, e qual o lado por onde já passei. 

(titulo da postagem é essa música aqui http://www.youtube.com/watch?v=fJys0KnUT28)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

ainda.

tenho tanta coisa pra escrever. TANTA. Quero falar sobre mães, quero falar sobre minha família, quero falar sobre amores platônicos, quero falar sobre aprendizado, sobre comida, sobre fé, sobre dualidade, sobre escolhas, sobre machismo, sobre política, sobre agressão, quero pôr uma música, quero chorar por meio de palavras, quero fazer chorar.
Mas a confusão é tanta, que não consigo ordenar as coisas, começar do começo e identificar perfeitamente o meio. A minha incompletude veio para as palavras... E a única coisa que vale a pena agora, é olhar pro sol batendo na flor de ipê quer fica na garrafa de coca-cola 290ml em cima da minha mesa. 


Não achei nenhuma imagem que coubesse aqui. Se fosse uma folha de papel e estivesse com minhas canetas coloridas em mãos, certamente desenharia rosas vermelhas com cabos pretos. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Sobre Potter, mais uma vez.

   E você percebe que sua vida é aquilo mesmo, e que os conflitos estão ali, e que você chora as vezes até demais.
   Revi hoje Harry Potter e a Ordem da Fenix. Enfim decidi qual a minha personagem favorita da série, e sim, é o Harry.
   Só hoje, depois de ter lido o livro umas duas vezes, depois de ter visto o filme umas cinquenta, percebi coisas que ainda não havia percebido. O medo que ele tem o tempo todo, o fato dele estar perdido o tempo todo, sabendo menos que o resto das pessoas, sendo jogado pra tarefas que ele não tem ideia da onde vai tirar forças pra concluir. Tendo 14 anos e a responsabilidade de se livrar do Véu da Morte, tentando privar os amigos de passarem pelas mesmas provações que ele, enquanto a grande maioria dos que o cercam acham que ele não quer privar ninguém, mas quer ir sozinho para ter glória. Glória que ele nunca quis, glória que pra ele nunca fez falta. Glória que ele trocaria, fácil assim, por uma mãe, um pai, um padrinho e uma vida bem tranquila em Hogwarts, ou nem tão tranquila assim, lutando contras as Trevas, mas junto com sua família de sangue, não somente com a que ele construiu...
   Harry me ensinou que ter medo é normal, que ter medo nos faz pensar duas vezes, e que matar a Belatrix não te faz forte, só te faz tão nada quanto ela. 
   Não são, realmente não são, as semelhanças com aquilo que nos corroê que devem prevalecer, mas aa diferenças, aquilo que nos leva pra luz, aquilo que nos distingue do lobo que há em nós mesmos, que deve sair vencedor desta eterna batalha entre luz e trevas.
   Harry não seria o mesmo se não tivesse amigos. Harry não seria Harry se não tivesse o Ron sendo tão irmão, sentindo invejinha, ficando com ciúme, sentindo raiva, abraçando, protegendo, guardando e amando tão incondicionalmente. Harry não seria Harry se não pudesse ancorar em Dumbledore quando precisava, ou em Minerva, e por pouco tempo, mas intensamente, em Sirius. As vezes as pessoas vêm pra ficar pouco tempo mesmo com a gente, mas nesse pouco tempo, fazem toda a diferença, e nos obrigam a amar compulsivamente, e nos forçam a entender que um minuto verdadeiro é melhor que anos de convivência em superficialidade.
   Fico pensando quantas vezes mais vou escrever sobre Harry Potter. Quantas vezes mais vou ver um filme,que vai me lembrar que as trevas estão sempre aí, mas as escolhas são sempre nossas. Sempre. Quantas vezes mais eu vou ver Harry Potter e vou comparar as personagens à pessoas do meu dia-a-dia, me espelhando na fantasia, transpondo-a pra realidade(?) tão impalpável das nossas vidas... 


segunda-feira, 23 de abril de 2012

A seta e o alvo. Nessa ordem.

Aprender. 
Aprender. 
Aprender.
A vida, esse grande círculo de aprendizagem. 
Aprender que cada pessoa assume mil formas. Cada pessoa assume a forma que precisa, quando precisa. 
Pai, marido, homem, filho, irmão, companheiro, professor, protetor, protegido. 
São todos papéis extremamente diferentes que alguém pode exercer, ou melhor, que alguém precisa exercer.
Me perco nessa mistura toda e acabo achando que um dirigente deve ter sempre a posição de dirigente, sendo sempre "ponta firme" e andando na linha sempre. 
É como as crianças, achando que seus professores não bebem, não fazem festas, não namoram e só dão aula.
Mesmo sendo professora, no fundo ainda não aprendi a lidar com isso. 
Tento manter todas as partes da minha vida no mesmo nível, procuro não fazer o que não seria legal de contar pros meus pais, procuro não tomar posições que meus alunos se constranjam e percam o respeito por mim (como ir à uma balada de mini vestido, beber todas, tirar fotos vomitando de perna aberta e postar no fb). Já aprendi que não posso agradar a todos com as minhas atitudes, nem impor pra mim as regras de condutas deles, mas ainda assim acho complicado destoar tanto dos padrões comportamentais que nós fomos criados (antes de pestanejar sobre padrões, pense em coisas de lugar comum: você não acha super normal e aceitável traição entre casais, por exemplo. E se você achar aceitável traição, entenda que aqui não falo de relação aberta, onde ambos entendem que podem ter "casos" com outras pessoas, me explique sua teoria), e viver uma vida "por de baixo do pano". Acho feio, acho bobo.
Acho que destoa do propósito com o qual Deus nos criou, de ser feliz, de ser pleno. Por que se me disser que é feliz com 3 dentes na boca, careca e barrigudo, eu acredito, mas se me disse que é feliz escondendo dos seus amigos, da sua família, e até de si mesmo suas atitudes, aí meu nêgo, é difícil acreditar.
Queria que todos pudessem passar por transformações, por aceitações, por tudo o que faz com que a gente se purifique. 
Não sou certa, nem ama de ninguém, mas queria que todos vivessem plenos, e se curassem, pra ajudar gente torta a se curar também, e deixar de ser torta.
E quando eu digo torta, a referência é a mim mesmo. Quem lê o blog sempre, sabe que ser canhotta não tem somente a ver com a mão com a qual escrevo. 
Nos espelhamos em algumas pessoas, para que elas nos ajudem a romper ciclos, a quebrar paradigmas, a viver melhor. Aí essas mesmas pessoas se mostram tão "curtinhas" que não nos decepcionam. Não aquela decepção que dá raiva, mas aquela que a gente diz: "poxa...queria que fosse diferente..."

***

Se me permitem, gostaria de deixar um conselho:
Se assumam. 
Assume pro carinha que você paquera há anos, e que nunca teve coragem de assumir, que você gosta dele. Saia da zona de conforto, saia da zona de amizade. O "não" você já tem. E se o medo for de levar um fora e acabar com a amizade, são duas condições: a amizade não era tão bem embasada assim, e agora você está realmente livre pra deixar esse papo de amigo de lado, e ir procurar quem te faça feliz, alguém que te complete e que te transborde. 
Assuma pra si mesmo que o curso da faculdade que você escolheu não te completa, e que você caga pro ensino superior, já que é um excelente artesão e quer somente se aperfeiçoar naquilo. Entenda que você não vive só até os 40 anos e que não há limites pra quantas carreiras você quer exercer. E se por acaso morrer aos 40 anos, vai ter certeza de que morreu fazendo aquilo que tinha vontade, e o que lhe cabia naquele momento.
Se assumam.
Nos assumamos, pois. 
Sejamos livres, limpos e completos. Principalmente completos.

(vale a olhada no link)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ressurgidos das cinzas.

É incrível essa minha relação com ex namorados. Acho que eu devo ser legal demais com eles pra que de repente, eles voltem, do nada.
São três, T, F e D.
O último ressurgido foi o D, que tem uns trejeitos engraçados e quase sinto que não mudou nada. Ainda galante, ainda falando manso, ainda explodindo quando não sente algo. Ainda extremamente charmoso.
O T é a gracinha em pessoa. O mais bonito dos três, meio pra lá, meio pra cá, mudou da água pro vinho, acho até que namoraria com ele novamente, um dia, sei lá. 
Aí a gente tem o F, o ex encosto. Aquele, que foi noivo, que fez aquele fuzuê todo. Ok, focaremos nele. E porque focaremos nele? Pq ele é o encosto. Sem exageros, o menino que mais amei na vida, por quem eu fui e fiz o que não seria ou faria por qualquer um. Anos de namoro que VALERAM a pena, me ensinaram muito. Mas como nem tudo são flores na vida de Joseph Climber, acabou-se o que era doce, e aí começa o descumprimento do carma.Sempre que lhe ocorre, manda msg, aparece, blábláblá. E ontem foi a gota d'água. 
A questão era: "pq mesmo a gente não volta?" aí ele veio com um papo de que eu deveria ser mais legal, mais receptiva às cantadas dele, que se eu quisesse a gente juntos, teria que conquistá-lo, fazer com que se encantasse por mim. É isso mesmo, produção? Então eu levo o MAIOR pé na bunda da história e ainda tenho que conquistar o cabra? Pq eu achei q íamos casar, eu tenho que dar a chance de ser reconquistada? Ah não. Eu quero o direito de conhecer gente nova, amor novo, sem nem um cisco do passado. E quando voltar, SE voltar, que levem anos, que tudo mude. Não sou nada contra tentar de novo, não sou nada contra perdoar, mas sou contra essa coisa que me parece machista e conservadora, de bater na mesma tecla só pq suas primeiras sensações foram com o fulaninho. Fiquei extremamente ofendida com essa de "vc tem que me encantar". Poxa vida. 
Lidar com pessoas não é fácil. Não mesmo.
A gente se pega ouvindo coisas que nem tem motivos pra ouvir, em situações estranhas. É quase como se meu sorriso me obrigasse a ser sempre conivente com as bobagens que os outros dizem. Já cheguei a ouvir um "qual a graça de ser gostosa e ser virgem?" como se minha condição de mulher, e razoavelmente bonitinha me obrigasse a coisas como trepar com qualquer um, pra aproveitar isso, ou dar chance pros manés me conquistarem e/ou se redimirem. 
A parada é sobre como "uma menina quase inteligente, quase sábia, quase bonita, quase independente" não tem namorado. Poxa vida. 
Tenho aprendido a não viver em cativeiros, sejam eles familiares, entre 'amigos', espirituais... Sendo assim, não tentem me prender em cativeiros amorosos, só pq acha que "é assim que tem que ser", ou que é um "desperdício essa menine sozinha". Cada coisa no seu tempo, cada mudança no seu tempo. Cada agregação a seu tempo. E por hora, descobri que cabô tempo de chorar, de sofrer. 
Dói ouvir o monte de babaquice listada? Opa, e como. Mas passa. Sempre passa. Até choro tem limite, e agora chega. 
Não que a imagem tenha algo a ver com o texto, mas é sempre bom ver Hannibal. 

Já diria Chico Buarque lindão: Apesar de você, amanhã vai ser outro dia. 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Oyá

Ah, o tempo.
Essa coisa sem noção que é o tempo.
Espero demais e o tempo passa.
Faço rápido demais e ainda não é tempo.
Tem quem ache que ainda é tempo.
Tem quem não perceba que o tempo longe me fere.
Tem quem não esperou só mais um tempinho, e me deixou a ver navios.
Tem quem atire nos navios.
Tem quem levante as saias e sai por aí sem compromisso com esse tempo.
Com aquele tempo.
Com nenhum tempo.
Ah, o tempo.
Ensina, deixa de castigo, presenteia.
O tempo é uma mãe.



terça-feira, 20 de março de 2012

anedota escrita a quatro pés.

ATO UM
*mordida na orelha* **rosnado**
Quieta! Quieta!!! Ó!! Amigo, amigo...
**rosnado** *balança o rabo* -posição de ataque-
*pega o biscoito* Ó, amigo! Amigo! Ó o biscoito! Biscoito!!!
*morde a barra da calça*
*Pega a vassoura e dá com o cabo na  cabeça* FALEI QUE NÃO ERA BOA IDEIA CACHORRO EM CASA... *põe o cachorro no carro e leva pro canil*
*cara de arrependimento* **choro de filhote**

SCENA DOIS
~~ Amor, me lembre de novo o motivo de não termos cachorros.
^^ Porque não encontramos pokebolas no mercado. Por isso sugeri comprar uma coruja.
~~Você procurou na sessão errada. As pokebolas estavam entre as varinhas e os sabres (de luz, no caso, não os tigres). Você nunca acha nada. Vou trocar a coruja por uma iguana. Que não pia.
^^Mas as iguanas não podem levar e trazer as cartas da sua mãe, as cartas da escola, não levam as contas no banco e não acabam com os ratos. Tá, com os ratos talvez, mas não com sapos e lagartixas.
~~Você está cansado de saber que aquela não é a minha mãe. É a mãe do seu filho. Ademais, não gosto quando a coruja lê minha correspondência. Ela me olha com cara de quem sabe mais do que eu. Consiga gafanhotos.
^^Encontrei os gafanhotos, mas você vai ter que pegá-los. Você sabe que eu sou alérgico a essas coisas verdes.
~~Não é alérgico a alfaces. Lembrando, obviamente, das mariposas e das lâmpidas.
^^Alface não tem gosto e mariposas são mal presságio. Grama me dá coceira e eu não gostei do filme do inc.rível hulk também. Aliás, para que são os gafanhotos mesmo?
~~Para que copulem ao som de chico buarque na holanda. Obviamente.
^^ Você quer acabar com a plantação de cevada holandesa, só pode!
~~Meu caro coelho, receio que essa seja a hora de nos deitarmos, pois já é dia.E que fique claro, ponho os gafanhotos nos pratos  das corujas para que brinquem com sabres de luz dentro das pokebolas. Não nessa cama, na nossa. A outra.

(finda o ato. Vampiros sugam o sangue da plateia, que jorra no palco.)




(corroboração do felipe, aquela delissia.)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Sobre aceitar.

As vezes a gente corre tanto, e quer tanto e vai tanto atrás de tão nada, que não percebe que se quisermos, a gente cresce, e muda e vive de uma forma diferente. 
A pressa do resultado, a estória da seta e do alvo (vide Paulinho Moska), é a mostra de que chegar ao fim da estrada, sem sentir as sutilezas e as belezas do caminho, é tão pobre quanto não ter caminhado. Respirar fundo, parar por um tempo e entender o percurso, é mais construtor e promove mais crescimento do que o ponto de chegada, faz toda a diferença. E digo com toda a certeza: FAZ diferença. 
Estamos nesse mundo pra crescer. Fisicamente, espiritualmente, mentalmente. Lidar com expansão é altamente  difícil, mas difícil mesmo. Ficamos o tempo todo aí, meio bobos, insistindo que queremos crescer e aprender e ser mais do que ontem, mas quando a oportunidade de crescimento bate na nossa cara, bate com tanta força que pensamos que o crescimento é mais uma praga do que uma purificação. Aí pronto. É choro, é tristeza, é não entender/aceitar Deus, é achar que o mundo é injusto e que a vida está por um fio. Uma pessoa que me quer muito bem, disse do modo menos carinhoso possível: "você não quer ficar bem? ótimo. O ferro é forjado no fogo." 
As pessoas estão se afastando de você, ou notando muitas diferenças nos seus hábitos? Muito bem. Suas vibrações mudaram, suas intenções mudaram. Ficar sozinho dói? Dói, dói muito. Mas logo seus semelhantes se sentirão atraídos a essa nova pessoa que tu se tornou, e aí o crescimento não vai ter mais invejosos, medrosos e inseguros, vai ter gente que já cresceu um pouco mais, que quer crescer, que pode te apoiar, e que pode fazer isso de um jeito quase perfeito. Porque amizade é isso aí, a quase perfeição. A comparação é meio boba, mas dá pra entender: Seus amigos estão preparados pra ir contigo num bar, tomar aquela cervejinha merecida no final da tarde, mas eles estão preparados para não tomá-la, por que você decidiu parar? Amigo, amigo mesmo, entende que não tomar aquela cerveja, naquele dia, naquele ambiente, não vai fazer com que ele seja rotulado disso ou daquilo, mas vai fazer com que ele ponha em ação uma das palavras mais bonitas do mundo: resignação. E você, que viu o que ele fez, vai por em ação outra palavra bonita: respeito. E assim a gente cresce, assim a gente gira. Aí um dia, você lembra o que aquele amigo fez, e aceita o convite e vai tomar a tal cerveja. Porque isso também é se doar. Ser irredutível te deixa pobre. 
Crescer dói. Mas a recompensa é boa. Eu sei que é, porque vejo gente que cresceu, que expandiu, que sabe lidar -na medida do impossível- com doação, com problema, com solução, sem se esconder em qualquer bobagem. Uma vez, a Vó Benedita disse que "O que ocêis chama de milagre, a preta véia chama de ocêis mesmo", e ela tava mais do que certa, porque afinal se a nossa luz não motivar a  mudança e trazer o milagre, não há oração que chegue. 


"Mas rô, sua agorafóbica-bulímica-instável-toda.trabalhada.no.choro, tá dizendo isso tudo?" É, tô sim. Tô dizendo isso tudo por uns quinze motivos básicos, mas os que interessam aqui são: conversar com vó é sempre tudo de bom, mesmo quando a gente adota elas e elas adotam a gente. Ontem conversei com uma vó que disse que minha vida era linda, e me explicou que era mesmo. Me lembrou de vários "porquês" e de várias coisas maravilhosas que aconteceram, e me ensinou que se a gente escolhe o caminho errado, não tem problema, pelo menos um passo foi dado e a gente escolheu alguma coisa. Mais pra frente, se ele tiver errado mesmo, a gente conserta. Com o jeitinho mais malandro possível, ela me pediu pra fazer uma lista de coisas que eu gosto, e que assim que começasse a ficar triste, voltasse a ler essa lista. Eis pois este texto.
Ainda ontem, falei com uma pessoa linda, que tem se mostrado ainda mais linda, porque tem virado um daqueles amigos que a gente admira em silêncio, com respeito e com olhos de quem quer aprender mais. Ele me disse uma coisa tão singela, que mexeu comigo de uma forma tão tempestuosa, que não há como não espalhar. Falei sobre como tava me sentindo, falei sobre as mil coisas que me afligiam, ele olhou pra mim com olhos azuis enormes e disse: "Você está crescendo, aceite." E aí pronto. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

50 coisas que quero fazer antes de morrer

Não necessariamente nessa ordem.


1-Comer um monte, sem nenhum pingo de culpa.
2- Escrever um livro bom o suficiente pra ser publicado. (romance, crônicas, poesias, pretextos)
3-Usar um decote até o umbigo (mesmo)
4- Escrever um ponto/oração e ter coragem de divulgar
5-Casar com vestido colorido
6-Vestir minhas madrinhas todas com o mesmo modelo de vestido
7-Aprender a desenhar sem usar bonecos de palitos
8- Ter uma coruja 
9- Ir pro topo de uma pedreira, se possível, toda vestida de branco. (sim, pedreira)
10- Virar professora de dança
11-Deixar de ser manhosa
12- aprender a me calar
13- Ter um "Canino", já que um "Fofo" eu não posso ter.
14- Fazer uma garota extremamente feliz.
15- Fazer um garoto extremamente feliz.
16- Adotar uma criança negra.