segunda-feira, 23 de abril de 2012

A seta e o alvo. Nessa ordem.

Aprender. 
Aprender. 
Aprender.
A vida, esse grande círculo de aprendizagem. 
Aprender que cada pessoa assume mil formas. Cada pessoa assume a forma que precisa, quando precisa. 
Pai, marido, homem, filho, irmão, companheiro, professor, protetor, protegido. 
São todos papéis extremamente diferentes que alguém pode exercer, ou melhor, que alguém precisa exercer.
Me perco nessa mistura toda e acabo achando que um dirigente deve ter sempre a posição de dirigente, sendo sempre "ponta firme" e andando na linha sempre. 
É como as crianças, achando que seus professores não bebem, não fazem festas, não namoram e só dão aula.
Mesmo sendo professora, no fundo ainda não aprendi a lidar com isso. 
Tento manter todas as partes da minha vida no mesmo nível, procuro não fazer o que não seria legal de contar pros meus pais, procuro não tomar posições que meus alunos se constranjam e percam o respeito por mim (como ir à uma balada de mini vestido, beber todas, tirar fotos vomitando de perna aberta e postar no fb). Já aprendi que não posso agradar a todos com as minhas atitudes, nem impor pra mim as regras de condutas deles, mas ainda assim acho complicado destoar tanto dos padrões comportamentais que nós fomos criados (antes de pestanejar sobre padrões, pense em coisas de lugar comum: você não acha super normal e aceitável traição entre casais, por exemplo. E se você achar aceitável traição, entenda que aqui não falo de relação aberta, onde ambos entendem que podem ter "casos" com outras pessoas, me explique sua teoria), e viver uma vida "por de baixo do pano". Acho feio, acho bobo.
Acho que destoa do propósito com o qual Deus nos criou, de ser feliz, de ser pleno. Por que se me disser que é feliz com 3 dentes na boca, careca e barrigudo, eu acredito, mas se me disse que é feliz escondendo dos seus amigos, da sua família, e até de si mesmo suas atitudes, aí meu nêgo, é difícil acreditar.
Queria que todos pudessem passar por transformações, por aceitações, por tudo o que faz com que a gente se purifique. 
Não sou certa, nem ama de ninguém, mas queria que todos vivessem plenos, e se curassem, pra ajudar gente torta a se curar também, e deixar de ser torta.
E quando eu digo torta, a referência é a mim mesmo. Quem lê o blog sempre, sabe que ser canhotta não tem somente a ver com a mão com a qual escrevo. 
Nos espelhamos em algumas pessoas, para que elas nos ajudem a romper ciclos, a quebrar paradigmas, a viver melhor. Aí essas mesmas pessoas se mostram tão "curtinhas" que não nos decepcionam. Não aquela decepção que dá raiva, mas aquela que a gente diz: "poxa...queria que fosse diferente..."

***

Se me permitem, gostaria de deixar um conselho:
Se assumam. 
Assume pro carinha que você paquera há anos, e que nunca teve coragem de assumir, que você gosta dele. Saia da zona de conforto, saia da zona de amizade. O "não" você já tem. E se o medo for de levar um fora e acabar com a amizade, são duas condições: a amizade não era tão bem embasada assim, e agora você está realmente livre pra deixar esse papo de amigo de lado, e ir procurar quem te faça feliz, alguém que te complete e que te transborde. 
Assuma pra si mesmo que o curso da faculdade que você escolheu não te completa, e que você caga pro ensino superior, já que é um excelente artesão e quer somente se aperfeiçoar naquilo. Entenda que você não vive só até os 40 anos e que não há limites pra quantas carreiras você quer exercer. E se por acaso morrer aos 40 anos, vai ter certeza de que morreu fazendo aquilo que tinha vontade, e o que lhe cabia naquele momento.
Se assumam.
Nos assumamos, pois. 
Sejamos livres, limpos e completos. Principalmente completos.

(vale a olhada no link)

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