segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tal qual Narciso, que se quebra dando sete tipos de azar.

Desejo.

Eu penso nele, e tudo toma forma. A necessidade toma forma, o amor toma forma, a vontade toma forma. O intangível, se tange.

E eu penso nele. Na beleza, na dor, no amor, no incomensurável, no êxtase, na Santa Teresa, no Marlon Brando.

Eu olho pra ele. Olho tudo aquilo, tão grande, tão inexorável, tão impositivo, tão imponente, tão impossível de segurar com duas mãos abertas. Com todas as mãos abertas. Com o peito aberto. Com a blusa aberta.

E eu olho pra ele. E o mais íntimo se concretiza. E o terno é eterno. E terno. E doce. E amável. E inteiro. 

E o instante se torna fugaz. E acaba. E se eu pisco já não existe.

A loucura bate à porta e finda o ato, no tom branco das barbas brancas, do nariz torto, do óculos com a metade daquela que brilha à noite, quando o sol já não é.

Ojesed.

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