sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Eu tenho sede demais.

Então deixa eu te beijar
Até você sentir vontade de tirar a roupa.

Deixa acompanhar esse instinto de aventura e de menina solta.


Deixa a minha estrela orbitar
E brilhar no céu da sua boca.


Deixa eu te mostrar
Que a vida pode ser melhor

(Mesmo sendo tão louca).



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ela disse adeus, e chorou.

O meu sentimento sincero é confusão. Penso que a confusão nunca saiu de dentro de mim. Esse o grande problema do livre-arbítrio. Poder escolher coisas, é na verdade, o pior dos castigos. Mesmo pensando no crescimento e na evolução de cada espírito, o que a gente vive, por livre escolha, é um grande fardo.

Meu potencial criador é grande, e eu tenho força para realizar tudo o que quero, e caramba, eu SEI disso. Sei mesmo, sem reservas ou falsos moralismos. O problema é: como. Os meios me faltam. Eu simplesmente não sei por onde começar. Ter saído de casa “cedo” e me ferrado no esquema “vender o almoço pra comprar a janta” me fez encavalar muitas coisas. Neste momento da minha vida tudo é absurdamente turvo. Picos de felicidade extrema por realizações bacanas com caídas sem fim por conta dos medos enormes que me desestabilizam. “Do céu ao inferno” é realmente o que tem acontecido comigo. Sinto-me uma grande porcaria de uma metade (de nada).

Nem enquadraria isso como autopiedade porque não tenho dó de mim. Não tenho dó da minha obrigação de escolher coisas. De dar passos. Só me sinto completamente perdida. Ou pior, eu até tenho um roteiro, só não tenho de onde sair. Isso porque é o esquema da música do Gabriel Pensador: “aquilo que o mundo me pede, não é o que o mundo me dá”. E basicamente, preciso de dinheiro pra fazer os cursos que quero fazer, mas também preciso fazer os cursos para ganhar dinheiro. É um ciclo estranho, que leva a dívidas para depois levar ao desafogamento. Mas, e se fosse o contrário e o conhecimento fosse gratuito? Sou a favor do capitalismo quando ele funciona. Quando todo mundo realmente tem e gasta dinheiro (assim como o socialismo é lindo também, quando funciona. E o comunismo, e o anarquismo...). Viu só como a liberdade de escolha se torna um fardo? Pela liberdade de escolha vários grupos criaram o governo ideal, e todos eles funcionariam super bem. Mas aí tem também que um dos grupos é mais forte que o outro, e vivemos nesta zona, onde nenhum dos governos estabelecidos funciona corretamente.

Estou cansada e descrente. Descrente do meu potencial, descrente do potencial do mundo. Verdadeiramente cansada de ser a lutadora, de ser a guerreira forte, de ser o espírito que se renova e se lasca e se contorce todo pra evoluir. Aí eu me imponho bloqueios e me imponho regras e limites e me fecho numa mesmice descarada. Num nada. Me assusto quando vejo que consigo ir à diante e agora sim percebo que sou exatamente a pessoa que eu repudiava. Sou o eu “careta e covarde” para quem Cazuza cantava no Blues da Piedade, e realmente vivo contando dinheiro sem mudar quando é lua cheia.

Nem sempre eu fui assim. Nem sempre me sinto assim. Mas estes dias têm sido especialmente difíceis e dolorosos. O pior é que paro pra pensar e percebo que o Criador, o Deus-Pai, Olorum como prefiro chamar, sempre me provê o essencial e quase sempre o supérfluo também, e que graças a Ele nunca me faltou nada financeira, física, materialmente. A grande reclamação, na verdade, é só essa sensação de impossibilidade, de nunca estar satisfeita, de nunca estar plena. Seu Flecha Noturna disse uma vez que eu sou uma “guerreira forte” e que “guerreiros fortes fazem caçada longe, porque quando a caçada é fácil, guerreiro não se sente satisfeito”. Penso que minha “caçada” está sendo tão tortuosa e tão complicada e tão visceral que quando eu chegar ao fim dela serei o espírito mais satisfeito do mundo. O mais feliz deles.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

à procura pela cura da loucura quem tiver cabeça dura vai morrer na praia.

Anonimato me faz pensar em teorias da conspiração tão tremendamente plenas que me excitam, essa é grande verdade.

"Você não me vê não, mas eu vejo você." diria a sábia Rita Lee. E falando nela, lembrei que "pra fazer barulho, eu mesma faço".

Um excelente final de semana, e de vida, essas coisas.