terça-feira, 29 de novembro de 2011

...


E então é isso. Então alguém chega e atira em você, e sua cabeça explode. Assim mesmo. Sem mais considerações, sem mais argumentos, sem te dar o direito de gritar "por favor, tenho dois filhos". 

Estou em choque. Sentindo meus pés fora do chão, estômago revirado e aquela sensação de que ninguém tinha o direito. E não tinha mesmo. Para explicar, meu primo foi assassinado. ASSASSINADO. Sente o que essa palavra é... A densidade dela. Não foi natural, foi pelas mãos de alguém, alguém que achou que tinha o direito de tocar na vida alheia. É, na verdade, um ciclo de atitudes erradas. Se o primo tivesse ouvido um dos DOIS únicos conselhos que Cristo deixou, nada disso teria acontecido. Cristo disse que devíamos amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo. Se ele tivesse amado ao próximo, não teria pego a mulher do cara, e o cara por sua vez, não teria tirado a vida dele. Da mesma forma, o primo não era casado, então cabia à mulher (inclusive) não ter dado lado para que nada acontecesse, sabendo o "marido" que tem. É extremamente triste pensar que cada um destes três vai ter o que pagar... Ainda assim, um beijo na mulher alheia -sim, caros, foi um beijo- não vale uma vida. Não vale. Sabe, o primo era tranquilo, tinha 3 empregos pra sustentar os pequenos, cuidava da tia, era o mais velho e responsável dos 3 irmãos... Não consigo achar a situação injusta, mas também não consigo entendê-la. É assustador de mais pensar que enquanto eu tô na faculdade, querendo "evoluir", neguinho ainda tá na base da vingancinha besta, atirando em outras pessoas porque namora uma vadia que não se dá ao respeito. 
Há dez anos atras, o pai da minha melhor amiga morreu da mesma forma, porque estava indo pegar um sobrinho numa baladinha, onde por sinal, o sobrinho tinha arrumado encrenca. Três tiros, o relato dele implorando pela vida, o sangue no chão, três filhos pra criar, o mais novo, com 3 pra 4 anos, uma esposa apaixonada, uma filha pré-adolescente, a mãe que morava junto, a bisavó. 

São tantos elos... É tanta coisa junta... Não foi só a vida de uma pessoa, foi a vida de todos nós, que estamos  agora, sem saber, sem entender porquê, sem ter ideia do que fazer. Meu vô está em estado terminal de câncer, quase quase morrendo. Minha madrinha faleceu no meio do ano. Minha relação com meus pais voltou a estar por um fio.
Eu gosto de participar ativamente com Deus, mas agora, só quero me escorar nele.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Papo de muliérzinea...

É gatos sarados, hoje tô toda esperançosa quanto a relacionamentos futuros, e nem sei porquê, já que, né. Enfim. (evasiva, sim ou com certeza?) 
É bem papo de mulherzinha na TPM, mas quero compartilhar... Pensei em qualidades que quero no meu ~~príncipe~~ azul. Sabe aquelas coisas que (me) tiram o ar, tipo surpresas, jujubas (balas de goma), picolé de limão e apelidos divertidos (tipo petite puce e boneca voodoo)? Sinto vontade de ter isso, mesmo que não me sinta nada preparada pra um novo romance (por mais q o velho já não seja mais...).  Eis pois, os requisitos que  o fulaninho deveria (mas né, a gente sempre idealiza e quase sempre se apaixona por um mané completamente oposto) ter: 
*Um sorriso bonito (isso é indispensável. Sorrisos me conquistam)
*Me motivar a olhar nos olhos (Se eu não olhos nos seus olhos, desculpa, mas vc não me interessa)
*Não ter frescuras quanto a comida e afins (o ex falava algumas coisas cruéis pra mim qnto a qntidade de comida, e isso doia muito). Homem tem que comer gordura de costela, tem que me acompanhar num rodízio de pizza (17 pedaços, oi), e ainda aguentar o buffet de sorvetes depois! E tem que tomar café. Desculpa, não consigo respeitar homem q gosta de sopa e que não toma café preto. Tá pode ser com leite, mas enfim. 
*Gostar de fazer coisas que eu tenho medo. Ex.: Tenho medo de lugares abertos, mas curto muito qndo alguém se oferece pra me acompanhar num bosque, ou faz uma fogueira no meio da noite... *-* Não me sinto protegida qndo alguém faz isso, é mais, me sinto importante pq há quem queira me ajudar a superar medos. 
*Não gosto muito de praia, mas AMO cachoeira, grutas e afins. Quando a agorafobia tá controlada, são meus melhores passeios. E curto trilha de moto/carro também, ainda mais qndo terminam em um lugar com rio! *-*
*Gosto de meninos que olham e dizem: "Você tá diferente", e tenho medo (mesmo) daqueles que dizem: "Olha! você cortou o cabelo, descoloriu o braço, passou um rímel diferente, trocou de batom e fez a sobrancelha, e esse seu esmalte vermelho cor de ameixa tá massa." Não é ser gay, tinha um amigo hétero que por convivência extrema com a namorada que era maquiadora sabia todas essas coisas. Gatos, entendam uma coisa, não é confortável você saber que passamos quilos de maquiagem na cara (ahahha tive q rir, eu nem penteio o cabelo qndo acordo), se você sabe os detalhes da produção, o final fica sem graça. =/ Então, olhe e elogie SEMPRE, mas não diga que gostou mais do esmalte da semana passada, é chato.
*Falando em elogio... Papai e mamãe são casados há 26 anos, e mamãe ainda não se arruma na frente do papai, e papai SEMPRE a elogia, dizendo que ela tá linda com aquele vestido/casaco/sapato/bolsa diferente. Conhecendo papai como conheço, tenho certeza de que ele não sabe quando a mãe comprou isso ou aquilo, mas ele sempre escolhe algo diferente pra elogiar, nem que seja o perfume. Acho lindo como eles se conquistam dia-a-dia (ainda tem hífen?).
*Não gosto de gente musculosa, gosto de gente confortável. Ou magrinho, ou com aquela barriguinha divina pra encaixar na hiper-lordose. 
*O ideal é ter um companheiro pra tudo. A mesma pessoa que bebe aquela cerveja gelada com você, no final do dia, deve ser a mesma que te acompanha na igreja, no final de semana. Ter que escolher entre características, não dá certo. Palavra de quem já viveu isso. 
*Curto essa bobagem de sentar na praça e ver os meninos andando de skate (moro perto do gaúcho -alôr curtibanos), de tomar sorvete caminhando na XV, de sentar na varanda e tomar chimarrão até o sol ir dormir no final da rua. 
*Curto companhias que vão de ir dançar forró loucamente no Vasquinho (tô situando a galerë sobre curitiba ahah), a ir no Empório dançar um samba, a ir ver showzinhos de rock fulero no Blood, ou colocar roupa podrinha pra ir ver Matanza no Music Hall (ai meldels!! é dia 09!! e eu vou \m/) 
*Por outro lado... Nossa, como eu gosto de dispensar o namorado por um final de semana todo pra eu poder fazer a unha/ler um livro/ver minhas séries/comer brigadeiro de panela com azamigue/cantar enlouquecida enquanto arrumo a casa e deixar o bonito pra lá, jogando video game/futebol/dormindo/fazendo uma balada com os amigos. Como é bom essa coisa de deixar um pouco de lado, de cultivar a individualidade, de pôr o papo em dia com outras pessoas, de fazer qlqr coisa um pouco mais pra vc. Aí da saudade no fim de domingo, aí vc passa a semana toda ainda mais carinhosa... Isso é realmente bom!
*Amo quando posso ter alguém do lado que me analise criticamente. Tipo, o que eu escrevo, como estou me comportando, que decisões seriam interessantes tomar... Essas coisas mais sérias que a gente tem com alguns dos melhores amigos, são essenciais pra um relacionamento baseado na cumplicidade e no respeito. E né, perdeu o respeito, perdeu tudo. 


Eu poderia ser assim:
 

Mas sou assim:
 


Enfim, beijos e até, vou ali, sonhar...


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Siempre supe que es mejor, cuándo hay que hablar de dos, empezar por uno mismo



Olá, meus infantes! Como estão? 
Acordei tooooddaaaaa apaixonadinha hoje, graças a umas coisas MUITO legais que estão acontecendo (lembra aquela coisa do penúltimo post sobre dons e espiritualidade, pois é)! E ah, não, não tô apaixonadinha por pessoa nenhuma, mas a situação é apaixonante. Na verdade, uma relação de entrega pra Deus sempre é apaixonante!
Aí, nessa vibe "comic sans", resolvi colocar uns trechos músicas de uma garota que era minha favorita, antes de decidir que queria ser loira-gostosa-lugar-comum, (não q eu não goste mais dela, mas deixou de ser a favorita) a Shakira. (Sou do tempo do Pies Descalços, a gata morena/ruiva de roupa de vinil e cabelo bagunçado se apresentando no Programa Livre




"Ojerosa, fraca, fea, desgreñada,
Torpe, tonta, lenta, nécia, desquiciada
Completamente descontrolada
Tú te das cuenta y no me dices nada
Ves se me ha vuelto la cabeza un nido
Dónde solamente tu tienes asilo
Y no me escuchas lo que te digo
Mira bien lo que vas a hacer conmigo
Bruta, ciega, sordomuda
Torpe, traste, testaruda
Es todo lo que he sido, por ti me he convertido
En una cosa que no hace otra cosa más que amarte
Pienso en ti día y noche y no sé como olvidarte"       


"Ayer yo conocí un cielo sin sol
Y un hombre sin suelo
Un santo en prisión
Y una canción triste sin dueño
Y conocí tus ojos negros
Y ahora si que no
Puedo vivir sin ellos yo"

“Sólo creo en tu sonrisa azul
En tu mirada de cristal
En los besos que me das
Y en todo lo que digas
Tu terrón de sal
Un rayo de sol
Que adonde digas que tú quieres que yo vaya voy
Que eres mi desliz, mi país feliz
Mi primavera
Mi escalera al cielo, sí
Por eso sigo sigo aquí y camino contigo
A tí nunca podría decirte que no
Sólo tú sabes bien quien soy
Y por eso es tuyo mi corazón
Sólo tú doblas mi razón
Y por eso adonde tú quieras voy”

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sobre o tão esperado "Gran Finale"


Boas Tardes, caros. 

Estou aqui hoje (né?!) para repetir em partes o que escrevi no meu diário (sim, tenho um diário, e dai?! tenho até vida social!), sobre coisas que estão se explicando em mim. 
Gente que realmente me conhece e me ama, vai ficar feliz de saber que finalmente terminei com o ex. "Mas rô, ele não tinha terminado contigo em... Março?" Sim, mas agora, e só agora, eu terminei com ele. Em mim, dentro de mim, e POR mim. 
Quando você chega ao ponto de ouvir que o cara não te namora por pirraça, por "medo" ou qualquer dessas bobagens de assumir pros amigos que voltou pra pessoa que ele (diz que) realmente ama, não tem mais como ficar alimentando esperanças de que ele um dia vai crescer, de que vai voltar a se orgulhar de ter a única namorada do grupinho que não faz cena quando ele quer ir só com os meninos pra balada, ou a que bebe e canta mulheres tão bem (ou melhor) quanto o resto da piazada. Não, não tô aqui dizendo que foi um super erro ele ter terminado e que eu sou a garota perfeita, porque eu não sou. Sou insegura, problemática e aprovo atitudes estranhas. Mas digo sim que foi burrice da parte dele ter terminado porque uma fulaninha ou um fulaninho falaram que ele era novo de mais pra casar, e que eu tava louca em estar me preparando para aquilo (sendo que nós já havíamos decidido que nosso namoro iria ser sério, e levaria a isso).
Depois de todos estes meses alimentando uma esperança em mim, nestes dez últimos dias percebi que não quero mais estar com alguém que troca o certo pelo duvidoso, que troca um "eu te amo", por um cigarro e uma cerveja quente. Estou começando uma fase interessantíssima com respeito a religiosidade, e me entregar a certos "dons" que eu sempre soube que tinha mas nunca assumi, tem me levado a acreditar que gente que ama/vive pela metade, não é mais suficiente pra mim. Se a pergunta é se eu estou feliz, longe disso. Estou caminhando pra ficar, mas estou sem o peso nas costas que é deixado por bater na mesma tecla, no mesmo amor, no mesmo noivo. Se dois anos (e tanto) de cumplicidade, amizade, trocas intensas e gratidão simultânea foram "cortados" como se fossem nada, e nas palavras dele "para beber com os amigos sem ter gente pra se preocupar" (contraditório, sim ou com certeza?), porque mesmo eu ainda vou valorizar uma relação perdida e insistir para que fique tudo bem? 
Fiquei todo esse tempo procurando meus erros, minhas falhas, me cobrando sobre ser completamente inútil como namorada, até entender que se eu fiquei ciumenta e insegura, depois desse tempo juntos, a falha no caráter, e a lacuna que se abriram não foram culpa minha. O relacionamento não declinou quando eu aprendi o que era ciúme (e exagerei), o relacionamento declinou quando as atitudes alheias me obrigaram a desconfiar. 
Se eu sei o quanto esse namoro/noivado foi importante? Sei, sei sim. Mas aprendi muito mais com o final dele, do que com qualquer outra coisa. E preciso deixar uma coisa bem clara, para todos que lerem: O importante não é ser feliz. O importante é ser correto. Felicidade vem disso.
Para relacionamentos futuros, vale lembrar: Se a barra estiver pesada, e as coisas tomando rumos que não acredita ou concorda, antes de terminar converse: primeiro consigo para que as coisas se assentem  no seu coração, e depois com seu parceiro, para que ele entenda o que se passa, como se sente e porque surgiram dúvidas. Fulano e Ciclana não viram monstros da noite para o dia. São pessoas que você viu, gostou, admirou, quis ter perto, e acima disso, são pessoas com as quais você dividiu, então não trate como se fossem nada, ou como se fossem substituíveis, porque elas não são.



No mais, enfim posso dizer: ESTOU SOLTEIRA. 



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mon Petit Chou.

Ontem foi um dia digno de nota. Começou ruim, passou para insuportável, e depois ficou maravilhoso. Na fase insuportável eu estava com tanta coisa na cabeça, que durante a aula nada mais me restou a não ser desligar da maravilhosa mediação de leitura e escrever. Fiz um poema, que tem o mesmo título do post, o qual tem por tradução algo do tipo: Bonitinho. (sou fofa, beyjas) [Põe no google tradutor que aparece "meu pouco repolho" #morta]


Mon Petit Chou.


Meus olhos marrons insistem em titubear 
As decisões que deveriam ser simples e levadas naturalmente, 
Pesam em mim, assim como os quilos adquiridos com bolacha.
Olhos marrons, olhos verdes, olhos que brilham.
Olhos que não brilham porque não permito.
Se fosse só pela cor, escolheria mais fácil.
Mas esses olhos têm intenções que me perdem, 
                                                {nas quais me perco.
Não sei se é certo permitir que as coisas tomem rumos confortáveis.
Não sei se o não saber é o que me desfoca. 
                                                (sei que sufoca)
Há tanto fora do lugar, há tanto a ser arrumado...
Há tantas luas que eu queria ver, 
                                               deitada no chão, sem notar que
                                               a vida me escapa.




Rosemary Ferreira
10.11.2011, numa quarta,
que poderia preceder o fim
do mundo.





Agradecimento especial pra minha Anna, que ajudou na escolha do título. Amo vc, gata.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

E quem irá dizer que não existe razão?

Hoje está sendo um dia difícil, no qual há necessidade de segurar as lágrimas, mas não vontade.
Uma das bandas que eu mais escuto, nesse momento de procurar me centrar, é a {Sí}monami. E tem uma música deles, a qual tomei a liberdade de copiar e colar, que diz MUITO sobre como me sinto...
Enfim,


NÃO MAIS

Eu não sei exatamente quando as coisas começaram a mudar em mim
ou a partir de que momento minhas decisões se solidificaram
mas é só um doravante do fim
é a primeira vez em muito tempo que eu não me sinto confusa ou apreensiva

não posso dizer que estou calma, mas o meu sangue corre lento
vejo as coisas em tons mais claros e divididos
dormi tanto durante o dia que agora estou tão lúcida,
que nem meus olhos ardem mais
não mais, não maaaais

já faz algum tempo que eu pareço um biscoito caseiro
saindo do forno quente e fresco
ficando de fora, esfriando por dentro,
endurecendo a ideia, apodrecendo coisa séria


eu nunca fui certa, não sei se pretendo ser
a mão que escreve está suja, você pode ver
eu assisto minha vida sentada no meio fio
esperando o sol me aquecer
me aquecer


meus olhos dão voltas no próprio eixo
e não são da cor que eu quero
não mais, não mais
não mais, não mais


Não seja preconceituoso se a letra parecer um pouco tristonha. Eles cantam e tocam bem, e tem mais músicas animadinhas. 

Não é mais sobre estar triste. É sobre não entender o que falta pras coisas estarem completas. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Imagens aleatórias sobre coisas que me comovem.

Esporadicamente, vou postar algumas imagens bacanas, que de alguma forma mexeram comigo. 
Vamos à elas!


Só quem já passou por isso, sabe do que eu tô falando.


O Henrique, Sim ou Com certeza? 
(mordo-te)

Gostosuras ou travessuras? Só que não.






 e pra você, meu coração.

 "E toda paciência um dia chega ao fim
Inevitavelmente isso termina assim"
Todo admirador de Ravenclaw, ainda que misterioso, é sensível e educado.



 *-*

 O amor, gratuito e verdadeiro. 


Sobre pessoas e pedestais.

Li algo no blog do Samuel, que me fez pensar e pensar e pensar sobre relações e afins. 
É tão engraçado quando as pessoas te dão um choque de realidade e te mostram que o mundo não gira em torno de você. (Ah não, seus lindos, bem de boa, vamos olhar pra dentro, pra como realmente somos, e só por alguns momentos, deixar a hipocrisia e a petulância de lado).
Passo tanto tempo pensando em como ganhar mais dinheiro, mais conhecimento, mais admiradores, mais amigos, mais... mais tanta coisa! Atualmente o mundo é feito de insatisfeitos, e deles sou a maior. Se é ruim? Não sei. Não sei mesmo. Mas me vi incomodada em prestar tanta atenção em mim e esquecer do resto. Que resto? Bom, olho tanto pro meu umbigo que não sei definir direito o que é o resto.
Passa-se tanto tempo se vestindo e se despindo para se afirmar, que o essencial, que na voz de Saint-exupéry é invisível aos olhos, acaba sendo deixado de lado. 
Em mim, já não sei mais o que é essencial. 
Nesse final de semana, aconteceu algo bastante curioso, que faço questão de contar: Eis que, depois de 6 anos de amizade, uma pessoa que eu considerava como irmão, pegou uma atitude (minha) aleatória, num contexto disléxico (se me permitem a descontextualização da palavras), em uma hora em que ele estava com raiva, e vendo as coisas turvas, e decidiu que eu não era quem ele imaginava, e que eu era agora, a menina má (não, seus lindos, não sou a vítima, nessa estória não tem vítima, no máximo desencontros). A questão que fica é: Se em todos esses anos, eu fui a melhor amiga, a parceira de tudão (by marczak) e afins, como em uma noite com pessoas alteradas isso pode mudar?
Começo a me perguntar se pedestais não são extramente cruéis, e se achar que o outro não possa errar, também não é extremamente cruel. 
Sempre me vi como uma garota falha, meio burra, e geralmente me cobro por ser perfeccionista e boba de mais. Sempre deixei claro tanta coisa. Não sou de dourar a pílula, porque não precisa. Então, se eu caí de um pedestal no qual eu não subi, no qual você me colocou, a culpa é de quem? E há culpados?
Esse é o ponto de volta sobre nossos umbigos e relação ambíguas {sim, eu escrevi isso, legal né?}: Passamos tanto tempo idealizando coisas e pessoas que sejam perfeitas pra nós, que esquecemos de amá-las. 





quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ontem.












Ontem eu aprendi coisas legais. Coisas BEM legais.
Ontem eu lembrei o que é a Igreja, e reafirmei - principalmente pra mim - o que é a força de Deus. 
Ontem eu me queimei com o sol e com o vento, e passei o dia com 3 blusas e um cachecol. 
Ontem eu vi pessoas que brilhavam, com seus olhos claros e sorrisos largos. 
Ontem foi um dia confortável. Bem confortável...
Ontem aprendi que posso sentir raiva, e ficar muito brava, e até desejar o mal, com toda a mesquinhez, pra quem me fez sangrar. 
Ontem eu lembrei que a Bíblia está certa quando diz: "Fiqueis irados, mas não pequeis". 
Ontem eu comi mais do que deveria, ou não.
Ontem eu absorvi tanta coisa... Tanta coisa...
Ontem eu orei e pedi pra Deus uma coisa que eu sei que só Ele pode me dar. 
Ontem eu orei e pedi pra Deus, paciência e sabedoria prática. 
Ontem eu conheci adolescentes que me fizeram ter vontade de apertá-los, e "adultos" que me fizeram ter vontade de casar e ser missionária na Cochinchina.
Ontem eu também lembrei que quem está feliz, está feliz e pronto. Não fica jogando na cara do mundo, ou se fazendo notar, afinal, felicidade é leveza de espírito. 
Ontem eu me perdoei de tanta coisa. 
Ontem eu me permiti tanta coisa.

E olha, isso nem é papo de crente que descobriu Jesus e tudo o mais. Não estou tranquila apenas por ter "escolhido a melhor porção", mas por ter me permitido a escolha, por ter conversado com as amigas sobre o que me aflige, por ter ficado mais do que 3 minutos num lugar que me apavora -leia-se bosque- e por ter feito algumas coisas se encaixarem.  


E hoje me sinto assim, acolhida,  lembrando que algumas bençãos de Deus entram estilhaçando vidraças.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Intitulável.

   A sensação é de estar no limbo. Envolto pelos mesmos medos, pelos mesmos fantasmas. As mesmas coisas que deveriam ser superadas, voltando a tona, como se elas não tivessem sido superadas. A mesma criança morrendo em sua barriga, a mesma dor de garganta que segura o grito que já deveria ter saído. 
   A mesma raiva pela pessoa que deveria levar tiros em todas as articulações para parar de estragar vidas, e estilos de vidas que julga serem impróprias pelo seu falso -tremendamente falso- moralismo.
   A inconstância da falta de fé em deus, deuses, bruxas e fadas, que sempre serviam se auxílio. Estar no limbo é estar morto estando vivo. Se morrer é dormir, estar no limbo é ter um pesadelo. Vômitos manchando toda a casa de ódio e miséria de alma.
  A compra de armas e a troca de almas. O singelo e gracioso ar de decepção por saber que o futuro promissor agora é lenda. Boatos, difamações, estragos grandes de mais para que a falta de coragem os conserte. Falta coragem, e não falta luxuria. Falta coragem e não falta mesquinhez. Falta coragem e não faltamfalsosamigosfalandosempararsobrequemerdadedecisãoacertadavocêfezemlargarmãodealgoquevocêsabia








as lágrimas escorrem com mais velocidade que qualquer um pode segurar,e o texto fica incompleto com doses de interrogações madrugueiras. 
Não há como lidar com reticências na alma.

Rosemary Ferreira.