segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Do avesso, e canhotto.

Hoje sou um monte de pedacinhos que não formam nem a metade.
Sou cores pastéis num momento em que deveria ser cores brilhantes. 
Beijar sorrisos é um  privilégio grande demais pra quem não gosta de manhãs com geada. 


Naquele momento em que haviam muitas luzes piscando, ela disse que era toda dele e ainda assim ele não entendeu. E esse é o peso da razão pela metade, ou então era mais fácil. 

Ou bem mais difícil e é aí que está a graça em dar nó em pingo d'água e murros em pontas de facas e essas outras coisas que machucam mais que ir pra uma festa de sapato novo. 
Não que a dor física não seja superada com um copo de (inclua seu destilado favorito aqui.)
Não que a dor física não seja imensamente mais fácil de superar. 
Se pelo menos minha perna ainda formigasse, minha vida faria mais sentido.

E os possessivos me provam que não tenho nada mais que palavras sangrando durante a tarde- noite e manhã, madrugadas cuando convém- sim, cuando. Razões obvias. 

Beijar pés é uma responsabilidade grande demais pra quem não gosta de manhãs com geada. 
Vou dormir e acordar sabendo que pela metade machuca muito mais que nada.
Tempo é a chave de tudo o que não quer ser aberto.
Vou dormir e acordar com castanholas na mão, enquanto corro atrás de coelhos e sou mordida por vampiros que querem me tornar imortal sem contar o porquê. 

(ele dormiu no calor dos meus braços, e acordei tendo a certeza de que era um sonho.) 
Sentimentos não têm direitos autorais. 

Um comentário:

Falar é que lhe resta, divirta-se!