quinta-feira, 15 de agosto de 2013

.Sobre pedras.

Ando aprendendo muito sobre pedras. Pedras preciosas, pedras semipreciosas, pedras de construção...
Para mim, as pedras mais preciosas são as pedras lisas, de fundo de rio. As marrons e as brancas, de preferência.

Elas não têm muito valor comercial, é verdade. Mas as vejo como se fossem a coisa mais incrível do mundo. Têm falhas, não brilham, não enquadram num anel de ouro ou num colar. Têm cara daquilo ali mesmo, de pedra de jardim, de pedra de vaso, de pedra não polida. Têm cara de pedra que não vão quebrar, que vão estar ali, sempre fortes, sempre segurando as barras.

Pedras têm muito a ensinar pra gente. Até as preciosas. Até as que a gente não entende direito como surgiram, com aquela cor tão bonita e tão diferente, ou com cores misturadas.

Aprendi que têm pedras que quando programadas nos curam.Aí você precisa conversar com a pedra. Pedir que ela te entenda. São aquelas pedras que devem andar no nosso bolso, ou na nossa mão, para nos proteger de todo o mal, amém.

Se eu pudesse escolher ser uma pedra, seria um olho de tigre. Aí eu seria marrom, tarjado de dourado. E isso seria perfeito, já que me daria o dom de ser uma pedra mais rústica, e ainda assim bonita aos olhos da sociedade. Hoje eu sou uma pedra dessas de rio. Dessas escorregadias. Dessas que fazem a gente cair. Dessas que têm bastante valor pra quem descoleciona a vida. Pra quem sabe que das verdades do mundo, pedras brutas de rio podem ser mais intrigantes e instigantes que diamantes lapidados.

Um comentário:

  1. Que nunca vai quebrar, vai sempre estar ali, e sim qualquer barra vai segurar. Forte. Porque teu valor é o que se está por trás da pedra, a pedra em si, não apenas sua aparência.
    Bruta. Forte. E linda? Por que não? Acho que sim...

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